23 de dezembro de 2009


08/11/09

Anseio a escuridão retrógrada dos meus vômitos de lírios negros.
A escuridão, sem dúvidas, seria meu presente mais excêntrico e belo, já que clamo piamente todos meus desvãos.
Lá fora...bem, lá fora a Lua lamenta a suposta solidão, enquanto eu, com mãos de éter tateio qualquer distração.
Quisera ser como a Lua, "sozinha" na noite, mansa e "desabitada". Dormir e acordar no breu, junto à sonhos desconhecidos e contínuos.
Na claridade do dia, vejo as dores desproporcionais dos lamentos.
Caminhos sinuosos me arrebatam e me deixa absorta na idéia em que além do "previsto" há um bom lugar, de calmaria e de sonhar...Quem vem?
Sempre sonhei com OZ, com o país das maravilhas, asteróide B-612 e até mesmo com um mundo inusitado inventado pela minha fértil imaginação. Porém, nesse instante, meu sonhos de mundo ideal derreteram.
Quisera preencher todos vazios internos e obcenos.
Desvendar o que sou e ulular até cansar.
Me conhecer na maior proporção do ser!
Ter a claridade como necessária e a escuridão como vital.
É dia, o sol cega.
Quando então a noite retornar, vibrarei no meu íntimo como que nunca mais será preciso acordar.
Eclipse.