20 de março de 2010


Em um novo tempo restrito, a presença de um ser ilustre (ele), se contrapõe à ausência da perspectiva neurótica e pouco eficaz de um outro ser (ela) naufragado nas suas próprias vivências.

Mesmo com toda diferença, eles se remataram e se amaram com toda efervescência de uma embriaguês lúdica e voraz, que se encarna dia após dia e se revela num temporal de afetos, palavras doces e meticulosas.

Sim, eles estavam juntos em toda uma cumplicidade, favorável em tempo e distância. Presentearam assim um ao outro com toda devoção de um amor ébrio em gestos corriqueiros de entrega e tentativas de prazer.

Nesta conivência ilustre de afagos rústicos e intensos eles se descobrem gêmeos em ideais e sonhos febris.

Ele com todo um mundo a criar. Ela a aprender a sonhar. Eles juntamente fisgados pela nova perspectiva de se completarem e se perderem num fim inexistente.

O futuro então promete chuva de flores campestres nesse encontro homem-mulher não realizados, porém vívidos em sentimentos ilustres e promissores.

Um mundo de códigos claros surge da imensidão do presente futuro.
Então, não obstante, eles unidos, presenteiam a humanidade com a simples ventura de singelamente existirem, um para o outro.